Do que serve voltar quando se volta pro nada?

“O que se perdeu foi pouco.
Mas era o que eu mais amava.” Henriqueta Lisboa

Mas acontece que eu saí por aí e aí…

“Ah! se eu pudesse te diria na boa
não sou mais uma das tais,
não vivo com a cabeça na lua
e nem cantarei ‘eu te amo demais’.
Casava com outro se fosse capaz…” C. Buarque

They say I’m going crazy…

“If I was young, I’d flee this town

I’d bury my dreams underground

As did I, we drink to die, we drink tonight.” Beirut

Mas se a ciência nos provar o contrário?

“Sinto sua falta, não posso esperar tanto tempo assim…” Skank

Vamos para um lounge…

“Vamos entrar!
A minha casa não é quente,
Trago o vermelho pra esquentar.
Vamos suar!
Com o veneno da serpente,
Que eu roubei pra te picar.”  M.G.

Já não sei definir as coisas. Já não sei explicar mais nada.

“E acontece que já não sei mais amar”

Cartola

Trouxe pouco, levo menos.

“Essa conversa de que a pessoa só dá valor quando perde não é verdadeira.
Cada um sabe exatamente o que tem ao seu lado.
O problema é que ninguém acredita que um dia vai perder.”  T.B.

 

Será que existe alguém ou algum motivo importante que justifique a vida ou, pelo menos, este instante…?

“Faz tanto tempo que a realidade deixou de machucar.
E faz mais tempo ainda que o sonho deixou de imperar.
Eu não quero mais entender esse sentimento.
Não gosto de poços sem fundo.
A exatidão me acolhe de uma maneira tão aconchegante
que comecei a pensar que o sonho é traiçoeiro e covarde,
escondendo o real.
Sento e chore com toda a consciência de que todo o brilho
que passa em minha cabeça, não passa de uma fantasia
E o que o amor que você sente por mim só me causa agonia”

E o amor é tão longe…

Te vejo, sorrio encantada. Passamos lindas tardes juntos. Brincamos, no final parecemos duas crianças no parque mais colorido e divertido do mundo. Vou embora com a certeza de que o dia foi tão encantador pra você quanto foi pra mim. Relembro todas falas, vozes e sorrisos. Danço. Cambaleio. Como se não bastasse a tarde toda, temos a noite, nos falamos, brincamos. De repente, uma sombra. Uma nuvem, sei lá. Fico triste. Vejo você sorrindo com outra pessoa como se aquela tarde nunca existisse, como se não houvesse a mínima lembrança do que aconteceu. Choro, você não entende. Adormeço. Acordo com as minhas juras de te esquecer. Te encontro mais uma vez. Tenho certeza que não quero mais você. Mas você sorri pra mim e eu esqueço que esse sorriso é só mais um ato inconseqüente seu. Nada de especial. E mais um dia tudo segue e eu finjindo pra mim que algo bom aconteceu, que algo pode dar certo entre nós.

Não quero nada que rime com o amor…

Tem dias que a gente acorda com pavor de amor. Deve ser culpa dos filmes. Ou culpa do destino, quem sabe!? Mas é inegável que, muitas vezes, o amor é visto como a pior coisa que poderiamos sentir. Não só visto, mas como sentido…Eu sei que o amor é uma coisa boa, mas ele é meio viciante e quando se ama, mesmo sofrendo, sempre se quer mais. A única coisa que queremos nessas circunstâncias é um amor que funcione, mas já parou pra pensar que o problema pode não ser com você, mas sim com o amor?